Efeito Colapinto em São Paulo
Após ascensão rápida para a Fórmula 1, onde substituiu o norte-americano Logan Sargeant, Franco Colapinto fez sua estreia na 16ª etapa da categoria, no GP da Itália, onde alcançou o décimo terceiro lugar, após ter largado cinco posições baixo.
No Grande Prêmio seguinte, no Azerbaijão, ele conseguiu avançar ao Q3 no treino classificatório, e na corrida ficou em oitavo, deixando Lewis Hamilton para trás. Ali, Colapinto somava seus primeiros (4) pontos na principal categoria do automobilismo, e se tornava um grande nome em seu país.
É bom lembrar, que estes quatro pontos somados por Colapinto, no Arzebaijão foram históricos para o jovem piloto e para a Argentina, isso porque, o último "hermano" a pontuar na F-1, havia sido Carlos Reutemann, no Grande Prêmio da África do Sul de 1982.
Efeito Colapinto
Na Argentina, desde que Colapinto subiu para a Fórmula 1, o país vive cada corrida, como se fosse uma partida de Copa do Mundo. As pessoas se reúnem para assistir e torcer para Franco, mesmo quando muitos entendem pouco do esporte. Um rapaz, inclusive, fez um "manual" para sua namorada entender mais sobre a categoria.
Brasil recebe invasão de argentinos
Segundo informações, mais de 18 mil argentinos vieram de avião ao Brasil para acompanhar Franco Colapinto no GP de São Paulo, isso sem falar em quem se aventurou em cruzar a fronteira de ônibus, ou carro, por exemplo.
Conversei com Diego Romera, que nos contu que esteve em um Grande Prêmio de Fórmula 1 pela primeira vez, e o principal motivo foi para ver seu compatriota, Franco Colapinto.
"Foi minha primeira viagem para assistir a um GP de Fórmula 1. Tem muitos anos que eu queria ver, então quando o Franco foi confirmado para as últimas corridas da temporada, não pensei duas vezes para ir à São Paulo", disse o fanático torcedor do Boca, assim como Colapinto, que acrescentou como um momento histórico.
"Esta experiência foi incrível, pois esta foi uma grande oportunidade para ver um esporte que gosto e ainda mais com um piloto argentino e torcedor do Boca. Não se sabe quando teremos outro piloto do nosso país no grid", acrescentou o torcedor que se mostrou bem emocionado.
"Para mim foi a realização de um sonho. Eu gosto muito do Max (VErstappen) e o acompanho há anos, e essa foi uma corrida espetacular. Ele saiu lá de trás, e ganhou a corrida com sobras. E claro, ainda vimos Franco correr neste histórico circuito", seguiu o argentino.
Antes de terminar, Diego nos contou um pouco sobre a frustração e um certo sentimento de tristeza por Franco não ter pontuado na Sprint, e não ter terminado a corrida de domingo, porém, o torcedor Xeneize demonstrou total apoio a Colapinto.
"Uma pena o que passou com o Franco nesta semana. A morte de seu avô, os treinos classificatórios e as corridas que não se saiu tão bem, mas sem dúvidas serve de experiência e aprendizado. Espero e torço que ele se possa seguir na Fórmula 1, pois tem muito talento. Apoio não faltará", finalizou antes de embarcar para Buenos Aires.

Argentinos na F1
Antes de Colapinto, Gastón Mazzacane, foi o último piloto argentino no grid da F1, entre 2000 e 2001 e sua melhor colocação foi quando chegou em oitavo no GP da Europa, em 2000. Antes dele, o grande Carlos Reutemann correu na F1 entre 1972 e 1982, defendendo a Brabham, Ferrari, Lotus e Williams. "El Lole" ganhou 12 corridas e subiu ao pódio 45 vezes.
O principal "hermano" na Fórmula 1 foi Juan Manuel Fangio, que teve uma carreira brilhante, onde conquistou 5 títulos mundiais em apenas 51 corridas entre 1950 e 1957. No total, há registros que outos 19 argentinos disputaram ao pelo menos uma etapa do Campeonato Mundial de Fórmula 1.
Fim de semana foi triste para Franco
Na última sexta-feira (1), pouco antes do treino livre, Franco Colapinto recebeu a notícia que seu avô havia falecido aos 89 anos, isso abalou muito o jovem piloto, que não conseguiu ter bons resultados.
Na corrida Sprint de sábado não conseguiu pontuar, na classificação de domingo bateu sua Williams e não avançou ao Q2, e na corrida principal, após largar em 16º, chegou a ficar em 12º, mas bateu e abandonou.
"Com moral" no grid
Mesmo com os inconvenientes no caminho, Franco Colapinto ainda segue bem-visto na Fórmula 1, e os fortes rumores que ele pode ir para a Racing Bulls segue muito forte. Há quem diga, inclusive, que ele pode substituir Sergio Perez na própria Red Bull Racing, assim, seria companheiro de equipe de Max Verstappen.
Foto: Miguel Schincariol
Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit, sed do eiusmod tempor incididunt ut labore et dolore magna aliqua.
Postar um comentário